Não é comum ouvirmos muito a respeito do câncer anal, pois é uma das doenças silenciosas que não apresenta uma incidência tão elevada quanto o câncer de pulmão ou de mama, mas que, apesar disso, existe e devemos conhecer. Além disso, o câncer no ânus, também chamado de câncer anal, é um tipo raro de câncer caracterizado principalmente por sangramento e dor anal, principalmente durante a evacuação.
Esse tipo de câncer é mais frequente em pessoas com mais de 50 anos, que praticam sexo anal ou que estão infectados pelo vírus HPV e do HIV. De acordo com o desenvolvimento do tumor, o câncer anal pode ser classificado em 4 estágios principais:
- Estágio 1: o câncer anal tem menos de 2 cm;
- Estágio 2: o câncer tem entre 2 cm e 4 cm, mas está localizado apenas no canal anal;
- Estágio 3: o câncer tem mais de 4 cm, mas espalhou-se para áreas próximas, como bexiga ou uretra;
- Estágio 4: o câncer criou metástases para outras partes do corpo.
De acordo com a identificação do estágio do câncer, o oncologista ou proctologista pode indicar o melhor tratamento para alcançar a cura mais facilmente, sendo na maioria das vezes necessária a realização de quimio e radioterapia.
Sintomas de câncer anal:
O principal sintoma do câncer anal é a presença de sangue vermelho vivo nas fezes e a dor anal durante a evacuação, o que pode muitas vezes fazer com que a pessoa ache que esses sintomas são devido à presença de hemorroidas. Outros sintomas que são sugestivos de câncer anal são:
- Aumento do tamanho dos gânglios linfáticos;
- Presença de nódulo ou massa no ânus;
- Alterações do trânsito intestinal;
- Coceira ou ardor no ânus;
- Inchaço na região anal;
- Incontinência fecal.
É importante que assim que aparecerem sintomas indicativos de câncer no ânus, a pessoa vá ao clínico geral ou ao proctologista para que sejam feitos exames e assim ser feito o diagnóstico.
O câncer no ânus é mais frequente em pessoas que são portadoras do vírus HPV, possuem histórico de câncer, fazem uso de medicamentos que diminuem a atividade do sistema imune, portadores do vírus HIV, são fumantes, possuem múltiplos parceiros sexuais e praticam sexo anal. Por isso, caso a pessoa se enquadre nesse grupo de risco e apresente sintomas, é importante que seja feita a avaliação médica.
Tratamento para câncer anal:
O tratamento para câncer anal deve ser feito por um proctologista ou oncologista e normalmente é feito com uma combinação de quimioterapia e radioterapia durante 5 a 6 semanas, não sendo necessário ficar internado no hospital.
O médico pode ainda recomendar cirurgia para remover pequenos tumores anais, especialmente nos dois primeiros estágios do câncer anal, ou para retirar o canal anal, o reto e uma porção do cólon, nos casos mais graves.
Nos casos mais graves, quando é necessário retirar uma grande parte do intestino, o paciente pode precisar fazer uma ostomia, que é uma bolsa que fica sobre a barriga e que recebe as fezes, que deveriam ser eliminadas através do ânus. A bolsa da ostomia deve ser trocada sempre que estiver cheia.